quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Machiavel - Machiavel (1976)

 
Este é o primeiro álbum da banda de origem belga "Machiavel". Em seus dois primeiros álbuns "Machiavel" e "Jester" (já divulgado aqui neste muquivu), dedicaram-se a explorar o progressivo e no meu entender são os melhores trabalhos dessa excelente banda. Segundo alguns comentários obtidos pela rede, o terceiro álbum "Mechanical Moonbeams" (1978), seria um outro álbum interessante para os apreciadores do progressivo, mas por não conhecê-lo, vou me abster de fazer qualquer comentário.

Esse primeiro álbum, nos presenteia com uma das "pérolas da boa música" que foram incluídas na programação da saudosa Rádio ELDO POP, refiro-me a faixa "When Johan Died, Sirens Were Singing" que é uma das melhores faixas do álbum. Embora o "Machiavel" não seja uma banda que se preocupe em priorizar longas passagens de virtuosos e grandiosos solos, suas composições não economizam em belos e originais arranjos, repletos de muitos teclados, belíssimas guitarras além de um vocal agradável e muito bem explorado, conferindo as composições, um magnífico "portal" especialmente propício a uma prazerosa "viagem" (acompanhado ou não de substâncias naturais...). Interessante será observar, que enquanto no álbum "Jester" nota-se alguma influência melódica do "Supertramp", nesse primeiro álbum, a sonoridade está mais próxima do "Genesis", mas com personalidade forte e própria.

Como recomendação final, sugiro que o álbum em questão, seja cuidadosamente e calmamente "degustado". Trata-se de uma obra repleta de filigranas sonoras e que por tal razão, deverá ser apreciada com absoluta atenção, podendo não se revelar atraente numa primeira audição, se o ouvinte não estiver concentrado e relaxado. Digo isso, pois só aproveitei do potencial e beleza do mencionado álbum, após a terceira audição.  

Machiavel (1976)

Músicas:
1. Johan´s Brother Told Me
2. Cheerlesness
3. Cry No More
4. When Johan Died, Sirens Were Singing
5. I Am
6. Leave It Where It Can Stay
7. To Be Free (Bônus)
8. Don´t Remember (Bônus)
9. When You Turn Green (Bônus)

Músicos:
Jack Roskam:Guitarra, Backing Vocals
Marc Ysaye:Bateria, Percussão, Lead And Backing Vocals
Roland De Greef: Baixo, Cello Bass, Backing Vocals
Albert Letecheur: Piano acústico e elétrico, Orgão, Clarinet, Synthesizer, Guitarra

[Obrigado = Thanks]

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

The Flock - The Flock (1969)

Neste primeiro álbum o "The Flock", banda estado unidense de Chicago, focaliza todo seu trabalho no Jazz, no Rock e no Blues. Não se trata de uma banda excepcional, sob o ponto de vista técnico, no entanto, em razão da inegável competência e criatividade de seus integrantes, o "The Flock" consegue cativar e até surpreender o ouvinte que aprecia o Blues e o Jazz. Uma das características mais marcantes dessa banda, principalmente neste primeiro álbum, é a perfeita e original integração entre os dois saxofones (tenores), trompete e violino, além é claro dos demais instrumentos básicos. Desse "caldo", surge uma sonoridade inquietante e original, que torna essa banda merecedora de uma maior atenção.

Existe ainda um detalhe que propositalmente deixei de mencionar. O "The Flock" foi a primeira banda do grande violinista Jerry Goodman, que alguns anos após o lançamento desse álbum, foi convidado para integrar a "Mahavishnu Orchestra". Com certeza, John McLaughlin ao ouvir os requintados, técnicos e criativos solos de Goodman, logo percebeu que tratava-se de um exímio violinista e não tardou a empreender esforços visando sua participação na "Mahavishnu Orchestra".
 
Inexplicavelmente, o "The Flock" não é uma banda muito divulgada, não sendo pois, de fácil obtenção na rede, o que é lamentável. O primeiro álbum, que tenho o prazer de aqui divulgar, foi obtido pela rede, mas isso já faz algum tempo. Durante alguns meses, este álbum permaneceu num dos meus Hds, esperando que me sobrasse algum tempo para tentar aprimorar sua qualidade sonora, fato que infelizmente não foi possível. Antes de decidir-me por divulgá-lo, tentei achar pela rede uma versão mais apurada, mas como minhas buscas se mostraram infrutíferas e resolvi divulgar o material ("quase" no seu estado original), na tentativa de incentivar aos afortunados possuidores do CD original a promoverem sua divulgação.

O segundo álbum "Dinosaur Swamps" (1971), embora alguns o considerem mais bem acabado e elaborado, não me convenceu. É um álbum enfadonho, sem vida, sem tempero e sem qualquer atrativo especial que mereça alguma atenção ou menção. Não é rock, não é blues, não é jazz nem muito menos progressivo (como alguns desejam), particularmente, eu nem sei descrever o que os caras tentaram oferecer. Para ser sincero, mal comparando, parece aqueles canapés requintados e requentados, servidos em festa de rico, que não tem sabor algum! Muito embora em sua receita possam existir requintados e caros ingredientes, trata-se de uma boa MERDA!
Mais uma coisa, se algum dos ilustres visitantes, desejar conhecer o terceiro álbum do "The Flock" - "Inside Out" (1975), não percam tempo, ele também esta divulgado nesse blog .


The Flock (1969)

Músicas:
01. Introduction
02. Clown
03. I Am the Tall Tree
04. Tired of Waiting
05. Store Bought - Store Thought
06. Truth

Músicos:
Fred Glickstein: Guitarra
Jerry Goodman: Violino, guitarra
Jerry Smith: Baixo, vocal
Ron Karpman: Bateria
Rick Canoff: Sax Tenor, vocal
Tom Web: Sax Tenor, harmonica
Frank Posa: Trompete

[Obrigado = Thanks]

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Premiata Forneria Marconi - Jet Lag (1977)

Essa é com certeza a banda de progressivo italiano mais conhecida por todos aqueles que apreciam o bom e velho progressivo, motivo pelo qual não me alongarei em maiores detalhes sobre o PFM, mesmo porque, a rede esta repleta de informações sobre essa banda.

Conheci o PFM, através da saudosa Rádio ELDO POP, mas infelizmente só cheguei a acompanhar a discografia dessa excepcional banda até o álbum "Jet Lag"(1977), que é o objeto dessa postagem. 
Infelizmente, em razão do meu completo desconhecimento acerca dos demais trabalhos, somente posso aventurar-me a recomendar, com algumas reservas, os seguintes álbuns: "Storia Di Un Minuto" (1972), "Per Un Amico" (1972), "Photos Of Ghosts" (1973), "L'Isola Di Niente" (1974), "The World Became The World" (1974), "Live In USA" ou como também é conhecido "Cook" (1974), "Chocolate Kings" (1975) e "Jet Lag" (1977).

Sendo assim, gostaria de fazer duas breves considerações quanto a lista apresentada. Se o caro visitante não conhece a banda, mas pretende algum dia adquirir os originais (cópias legais), não gaste suas parcas merecas com os álbuns: "Photos Of Ghosts" (1973) e "Chocolate Kings" (1975). Explico. O álbum "Photos Of Ghosts" (1973) nada mais é que uma fracassada versão na língua inglesa do álbum "Per Un Amico" (1972), tendo ficado sob a responsabilidade do letrista Peter Sinfield (ex-King Crimson e ELP) a "pretensa" adaptação. O mesmo ocorreu com o álbum "The World Became The World" (1974), que é que a versão inglesa do álbum "L'Isola Di Niente" (1974), porém, nesse caso, aconselho sua aquisição, pois trata-se de uma adaptação muito mais requintada, possuíndo uma inquestionável personalidade, trata-se de um excelente trabalho. Já o álbum "Chocolate Kings", primeiro álbum com a participação do vocalista Bernardo Lanzetti (ex-Acqua Fragile), não merece o dispendio de qualquer numerário, pois na minha concepção é relativamente fraco, altamente comercial, inexpressivo e sem alma. Ao que parece, foi um álbum lançado apenas para cumprir exigências contratuais e aproveitar-se do sucesso das apresentações ao vivo no Canada e EUA, que ficaram magistralmente registradas do álbum "Cook" ou como ficou inexplicavelmente batizado de "Live In USA".

A escolha do álbum "Jet Lag" como singela amostragem da genialidade do PFM, deve-se ao fato, de ser um álbum completamente voltado para o Jazz Rock e Fusion e se considerarmos apenas os primeiros trabalhos da banda, isso implicou numa mudança de rumo muito significativa na história do PFM. 
Naquela época, não foi um álbum muito bem recebido pelos apreciadores do PFM. Só para exemplificar, adquiri uma cópia em vinil (já usado), de origem italiana, em excelente estado de conservação, com encarte repleto de fotos e com as letras, no mesmo ano do seu lançamento, ou seja, alguém comprou, não gostou e ainda vendeu barato. Para mim foi um presente, uma verdadeira dádiva, pois assim que coloquei o bolachão para tocar, pude perceber que os caras se sentiam absolutamente "em casa", desbravando com muita desenvoltura e habilidade o fértil terreno do Jazz Rock e do Fusion. Ainda hoje é um dos meus álbuns favoritos do PFM.

Músicas:
01. Peninsula
02. Jet lag
03. Storia in "LA"
04. Breakin' in
05. Cerco la lingua
06. Meridiani
07. Left-handed theory
08. Traveler

Músicos:
Franz di Cioccio: Bateria, Percussão
Franco Mussida: Guitarras acústicas e elétricas
Patrick Djivas: Baixo Fretless, Moog
Bernardo Lanzetti: Vocal, Percussão
Flavio Premoli: Piano, Orgão, Mini Moog
Gregory Bloch: Violino acústico e elétrico

[Obrigado = Thanks]

Luciano Basso - Voci (1976)

Mais uma vez, como já se tornou um agradável hábito, meu caro amigo Faustodevil generosamente oferece-nos mais um material de excepcional qualidade. Na verdade eu não conhecia o magistral trabalho do Luciano Basso, publicado no excelente Blog Hofmann&Stoll, e sem qualquer observação ou comentário complementar, posso garantir tratar-se de uma das mais prazerosas, surpreendentes e emocionantes experiência auditivas que pude vivenciar e apreciar nos últimos anos.

Trata-se de um Progressivo Sinfônico, magistralmente bem idealisado, escrito, arranjado e executado, além de repleto de belíssimas e originais "soluções" musicais raríssimamente observadas em trabalhos individuais e únicos.
Não faltam "velhas novidades" divulgadas pela rede, desprovidas de qualquer verdadeiro mérito, senão pela sua própria raridade e dificuldade em adquirí-las, mas com absoluta certeza são raríssimos os álbuns realmente significativos e relevantes, merecedores de uma menção honrosa, quando se aborda o gigantesco Universo do Progressivo. Essa excepcional e honrosa postagem do Hofmann&Stoll é uma daquelas oportunidades imperdíveis por duas simples, porém incontestáveis razões:

1°. Trata-se de uma material de primeira grandeza, top de linha, altamente viajante, complexo, arrepiante e repleto de passagem e momentos absolutamente originais e igualmente constituído de brilhantes e inovadoras "soluções" musicais. É certo que poderíamos até imaginar uma certa semelhança numa "solução" musical ao estilo do "Gentle Giant", uma outra do "ELP", outra no estilo "Nice" ou mesmo ao estilo "Jerry Goodman", mas invariavelmente, felizmente, acabaremos forçados a reconhecer que Luciano Basso é exclusivo, original, brilhante e surpreendente na composição temática de sua magnífica obra. Como muito bem observado pelo grande Faustodevil: "A impressão que tenho quando ouço esta obra, é que esse cara passou uma década inteira esmiuçando cada álbum das melhores bandas de progressivo, observou acorde por acorde de todos eles na intensão de delinear e projetar a melhor forma de se produzir algo o mais próximo da perfeição".

2º. A resenha original dessa obra, fruto da inegável intelectualidade do grande Faustodevil é uma obra de arte a parte. Uma verdadeira e exemplar exposição de motivos, intelectuais e pessoais que enriquecem e valorizam a obra musical em questão. Trata-se de uma livre, eloquente e rica interpretação pessoal, um verdadeiro ensaio literário sobre a profundidade da temática desenvolvida por Luciano Basso. Texto absolutamente Irretocável e imperdível! (para aqueles que apreciam a leitura). Fico sinceramente fascinado, agradecido e honrado por existirem parceiros de ofício, capacitados e interessados em compartilhar e divulgar não apenas a obra intelectual musical (a porra do link de download), mas principalmente por difundir suas exemplares, singulares e inteligentes observações, experiências e conclusões pessoais.

BRAVO!
BRAVÍSSIMO!!!

O que você, caro visitante esta esperando? Visite imediatamente o Blog Hofmann&Stoll e constate pessoalmente que não estou exagerando.