segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Educação é Fundamental! Mas não para o Cabral (2ª parte)



Infelizmente persiste a intolerável e descabida conduta do Governo Estadual, no que se refere ao completo descaso com a questão da Educação no Estado do Rio de Janeiro. Cabral recusa-se a negociar e atender as legítimas reivindicações dos profissionais da área, preferindo assim, por  injustamente subtrair da população o seu direito à Educação. 

A arrogante e despótica inflexibilidade por parte do Governo Estadual, em atender ao pleiteado pela categoria não se justifica. Inexistem argumentos lógicos ou razoáveis que o impeçam de cumprir com suas responsabilidades e com seus compromissos de campanha. Ou seus compromissos de campanha, principalmente aquele envolvendo a valorização do servidor público estadual, aí incluídos os profissionais da educação, não passava de uma grosseira mentira?

Que Cabral não queira honrar seus compromissos, como um homem honesto e de palavra é uma questão que reside exclusivamente na esfera moral. Agora, como "homem público", ocupante de um importante cargo político e eletivo, não lhe assiste o direito de determinar, promover e agravar o sucateamento da tão combalida e frágil instituição da educação.

Não existe, dentre o conjunto de  reivindicações, qualquer pedido que ultrapasse a fronteira do razoável e do exequível. Conheça o pleiteado pelos professores, observando o texto da imagem abaixo.


Segundo recente informação divulgada pelo Sindicato Estadual Dos Profissionais De Educação do Rio de Janeiro (SEPERJ), em sendo concedido o percentual de reajuste requerido (26%), o Estado do Rio de Janeiro desembolsaria o valor de R$ 480 milhões. Ou seja, "uma gota no oceano", (1% da receita corrente líquida), principalmente se considerarmos a relação existente entre "custo" (se é que podemos considerar "custo"os imprescindíveis investimentos com a educação) e benefício.

Por outro lado, 144 Deputados Federais vão morar em apartamentos recém reformados. A reforma custou R$ 20 milhões. Segundo a Folha de São Paulo, os imóveis têm 215 metros quadrados, 4 quartos e hidromassagem e serão entregues com camas, sofá, mesa de jantar, geladeira, fogão, micro-ondas e máquina de lavar. Ou seja, verbas para mordomias parlamentares nunca faltam...

Também lastimo a reprovável conduta dos veículos de comunicação, pelo seu completo desinteresse na divulgação desse autêntico atentado a cidadania do povo do RJ. Saliente-se, que a mobilização dos profissionais da educação, não é uma causa de interesse exclusivo daquela categoria. Trata-se de uma causa eminente, de interesse coletivo e de profunda relevância para o futuro não apenas do RJ, como também, para toda a nossa nação.

Silenciar-se em momentos como esse, é anuir e respaldar interesses inconfessáveis e contrários aos preceitos democráticos e constitucionais. É aceitar que rasguem a Constituição e promovam todo tipo de abuso que desejarem. Negar-se a participar dessa mobilização, não é o que se espera dos veículos de comunicação,  comprometidos com a ordem constitucional.

Estranhamente temos mansa e apaticamente assistido, senão vivenciado no seio familiar, os nefastos resultados das graves omissões governamentais. A precária situação da saúde, da educação, dos transportes, da segurança, das leis não cumpridas... são apenas alguns exemplos das inúmeras áreas da flagrante não atuação e do completo descomprometimento por parte dos Governos Federais, Estaduais e Municipais.

Infelizmente, estamos fazendo muito pouco ou quase nada, para revertermos essa indesejável e nociva apatia. Nossa inatividade está facilitando e propiciando a descontrolada multiplicação e agravamento, em escala geométrica, de grande parte dos inaceitáveis problemas que afligem o nosso dia-a-dia.

Pessoalmente, acho que chegou a hora de nos manifestarmos de uma forma pacífica, confortável e moderna. Muitos já o fazem, cobrando de seus candidatos uma posição mais atuante e séria, mas numericamente ainda são insuficientes para sensibilizar aos nossos representantes políticos. Acredito que organizadamente, independente de qualquer vinculação partidária, podemos estabelecer estratégias de manifestação popular, que se executadas com determinados critérios e uma ampla adesão, certamente produzirão resultados favoráveis a todos. Mas isso é matéria para uma outra postagem.