Felizmente, para minha surpresa, nem todos os veículos de comunicação são "papagaios de pirata" a serviço de seus "afiliados" dos Poderes Legislativo e Executivo, conforme o mencionado na postagem de 23/04/2011 intitulada "Onde fica meu direito a Legítima Defesa". Existe pelo menos uma emissora que ainda tem a coragem de empunhar a bandeira da verdade, cumprindo com dignidade, coragem e honra o precípuo papel de um Jornalismo atuante, informativo, imparcial e principalmente independente.
Trazer à luz da verdade, mais uma inócua e débil providência patrocinada pelo Poder Público Federal, destinada, "em tese", a reduzir a criminalidade é o mínimo que o cidadão espera de um Jornalismo sério e comprometido com a verdade.
Como se não bastasse a tendenciosa e flagrante manipulação dos números estatísticos acerca da eficácia dessa descabida campanha de desarmamento, somos forçados a concluir que o Poder Público não pretende combater o problema da violência e da criminalidade de forma objetiva e eficaz. Preferindo por colocar o peso dos números estatísticos e a responsabilidade pela violência nas costas do cidadão comum que possua uma arma.
A simplicidade e a fragilidade da argumentação, na qual se baseia essa farsa, ofende a qualquer cidadão, que ainda não tenha sido submetido a uma lobotomia televisiva. A tese do desarmamento da população, como eficaz medida ao combate a violência, traz em seu bojo não apenas a mentira ou a maliciosa distorção da verdade, ela se estende muito além, imputando a todo o cidadão que eventualmente possua uma arma, o leviano, preconceituoso e ilegal "rótulo" de "criminoso em potencial" e que portanto, deve ser desarmado.
Ora, em prevalecendo essa simplória "pérola do não pensamento", todo o motorista que eventualmente beba , deverá por força daquele sofisma, entregar seus veículos automotores. Pois nada, absolutamente nada, impede que um dia ele venha a dirigir sob o efeito de álcool e em decorrência, provoque a morte ou incapacidade dele ou de terceiros. Os riscos, implícitos na superveniência de algum acontecimento danoso são exatamente os mesmos, em ambos os casos.
Ora, em prevalecendo essa simplória "pérola do não pensamento", todo o motorista que eventualmente beba , deverá por força daquele sofisma, entregar seus veículos automotores. Pois nada, absolutamente nada, impede que um dia ele venha a dirigir sob o efeito de álcool e em decorrência, provoque a morte ou incapacidade dele ou de terceiros. Os riscos, implícitos na superveniência de algum acontecimento danoso são exatamente os mesmos, em ambos os casos.
Mas a real e concreta gravidade da questão não se esgota aí. Lamentavelmente, fica no cidadão, ainda não lobotomizado, a certeza que nenhuma medida será efetivamente tomada. O Poder Público não quer, e não vai se envolver nas questões primígenas, causadoras do vertiginoso crescimento da violência e da criminalidade. Seja por desfrutarem das vantagens econômicas a elas conexas, ou ainda, mas não menos grave, por simples conivência, despreparo, desinteresse ou incompetência.
E sendo assim, o comércio ilegal de armas, o combate as drogas, o combate a corrupção (em todos níveis dos Três Poderes), a atualização e adequação da nossa Constituição e das nossas Leis Penais, Processuais e de Execuções Penais, a educação (no seu sentido mais amplo), a concretização de condições mínimas de dignidade ao cidadão, tão cedo não serão objeto de qualquer atividade que implique em consideráveis e profundas modificações, capazes de reverterem nossa triste realidade. Continuarão sendo, como há muitos anos o são, um "mero" clamor popular, destinado a utilização política em época de eleição.
Em entrevista concedida ao Jornal da Band em 05/05/2011, o Promotor de Justiça Dr. Roberto Tardelli evidencia e adverte sobre um relevante aspecto jurídico, brilhantemente expondo: “Nós vamos agora comprar a arma usada no crime logo após ser utilizada, destruir provas importantes e a possibilidade de elucidação de crimes. E mais, vamos pagar por isso”.
Em entrevista concedida ao Jornal da Band em 05/05/2011, o Promotor de Justiça Dr. Roberto Tardelli evidencia e adverte sobre um relevante aspecto jurídico, brilhantemente expondo: “Nós vamos agora comprar a arma usada no crime logo após ser utilizada, destruir provas importantes e a possibilidade de elucidação de crimes. E mais, vamos pagar por isso”.
Segue finalmente o exemplar e corajoso Editorial da Rede Bandeirantes, veiculado no Jornal da Band em 5 de maio de 2011, que desmascara com total objetividade a demagógica, incoerente e ineficaz "campanha pelo desarmamento da população".