sábado, 6 de fevereiro de 2010

Premiata Forneria Marconi - Jet Lag (1977)

Essa é com certeza a banda de progressivo italiano mais conhecida por todos aqueles que apreciam o bom e velho progressivo, motivo pelo qual não me alongarei em maiores detalhes sobre o PFM, mesmo porque, a rede esta repleta de informações sobre essa banda.

Conheci o PFM, através da saudosa Rádio ELDO POP, mas infelizmente só cheguei a acompanhar a discografia dessa excepcional banda até o álbum "Jet Lag"(1977), que é o objeto dessa postagem. 
Infelizmente, em razão do meu completo desconhecimento acerca dos demais trabalhos, somente posso aventurar-me a recomendar, com algumas reservas, os seguintes álbuns: "Storia Di Un Minuto" (1972), "Per Un Amico" (1972), "Photos Of Ghosts" (1973), "L'Isola Di Niente" (1974), "The World Became The World" (1974), "Live In USA" ou como também é conhecido "Cook" (1974), "Chocolate Kings" (1975) e "Jet Lag" (1977).

Sendo assim, gostaria de fazer duas breves considerações quanto a lista apresentada. Se o caro visitante não conhece a banda, mas pretende algum dia adquirir os originais (cópias legais), não gaste suas parcas merecas com os álbuns: "Photos Of Ghosts" (1973) e "Chocolate Kings" (1975). Explico. O álbum "Photos Of Ghosts" (1973) nada mais é que uma fracassada versão na língua inglesa do álbum "Per Un Amico" (1972), tendo ficado sob a responsabilidade do letrista Peter Sinfield (ex-King Crimson e ELP) a "pretensa" adaptação. O mesmo ocorreu com o álbum "The World Became The World" (1974), que é que a versão inglesa do álbum "L'Isola Di Niente" (1974), porém, nesse caso, aconselho sua aquisição, pois trata-se de uma adaptação muito mais requintada, possuíndo uma inquestionável personalidade, trata-se de um excelente trabalho. Já o álbum "Chocolate Kings", primeiro álbum com a participação do vocalista Bernardo Lanzetti (ex-Acqua Fragile), não merece o dispendio de qualquer numerário, pois na minha concepção é relativamente fraco, altamente comercial, inexpressivo e sem alma. Ao que parece, foi um álbum lançado apenas para cumprir exigências contratuais e aproveitar-se do sucesso das apresentações ao vivo no Canada e EUA, que ficaram magistralmente registradas do álbum "Cook" ou como ficou inexplicavelmente batizado de "Live In USA".

A escolha do álbum "Jet Lag" como singela amostragem da genialidade do PFM, deve-se ao fato, de ser um álbum completamente voltado para o Jazz Rock e Fusion e se considerarmos apenas os primeiros trabalhos da banda, isso implicou numa mudança de rumo muito significativa na história do PFM. 
Naquela época, não foi um álbum muito bem recebido pelos apreciadores do PFM. Só para exemplificar, adquiri uma cópia em vinil (já usado), de origem italiana, em excelente estado de conservação, com encarte repleto de fotos e com as letras, no mesmo ano do seu lançamento, ou seja, alguém comprou, não gostou e ainda vendeu barato. Para mim foi um presente, uma verdadeira dádiva, pois assim que coloquei o bolachão para tocar, pude perceber que os caras se sentiam absolutamente "em casa", desbravando com muita desenvoltura e habilidade o fértil terreno do Jazz Rock e do Fusion. Ainda hoje é um dos meus álbuns favoritos do PFM.

Músicas:
01. Peninsula
02. Jet lag
03. Storia in "LA"
04. Breakin' in
05. Cerco la lingua
06. Meridiani
07. Left-handed theory
08. Traveler

Músicos:
Franz di Cioccio: Bateria, Percussão
Franco Mussida: Guitarras acústicas e elétricas
Patrick Djivas: Baixo Fretless, Moog
Bernardo Lanzetti: Vocal, Percussão
Flavio Premoli: Piano, Orgão, Mini Moog
Gregory Bloch: Violino acústico e elétrico

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