Este é o terceiro álbum da fantástica banda 'Budgie', originária do País de Gales e que começou sua longa jornada musical em 1968. 'Budgie', para quem ainda não conhece faz um Hard Rock de primeiríssima qualidade (embora a minha "ex" odiasse). Alguns apreciadores da banda preferem classificá-la como uma banda de Heavy Metal, pessoalmente discordo, mas isso, realmente pouco importa. O importante é que se trata de um trio, que desenvolve com habilidade e competência, tanto um som pesado, encorpado, feroz e alucinante, bem como, com igual facilidade, elabora agradaveis e serenas baladas, repletas de surpresas sonoras, ficando ainda mais evidente a sofisticação técnica e criativa da banda.
Embora ainda não soubesse o nome da banda, me identifiquei imediatamente com aquela sonoridade agressiva, feroz e inquieta e em especial pelo característico vocal de Burke Shelley. Sempre que "rolava" alguma de suas inúmeras faixas na rádio Eldo Pop eu ia a loucura. Aumentava o volume do velho 'Philco' Transglobe, que era emprestado (radio FM na época era caro pacas), e me deixava levar...
Durante muito tempo, me empenhei "seriamente" em descobrir o nome da banda. Por volta do ano de 1977/78, não me acanhava em tentar "descrever" as músicas para meus conhecidos, na expectativa que algum deles conseguisse me fornecer a identidade da banda. Hoje é até engraçado lembrar, mas paguei muito mico com péssimas interpretações vocálicas das partes mais relevantes das músicas, ou mesmo, nas tenebrosas e desafinadas tentativas de cantar como o inigualável Burke Shelley.
Por outro lado, acho que minha persistência e minha total inabilidade artística, de certa forma, me auxiliaram (afinal, são muito poucos aqueles que apreciam o sofrimento...). Após algumas das minhas memoráveis "apresentações", por fim chegou as minhas mãos o álbum "Best Of Budgie", pra lá de usado e gasto. O coitado do LP deve ter conhecido todo tipo de agulha, inclusive, como tudo indica, a lasca de sílex, a agulha de bambú e o prego de aço. Para piorar a qualidade sonora, nesse LP em especial, foi utilizada uma técnica de "micro sulcos" muito mais extreitos e próximos uns dos outros, que o normalmente utilizado. Para ter uma idéia só o lado "A" comportou mais de 30 minutos de gravação o mesmo acorrendo com o lado "B". Ou seja, o álbum não caberia integralmente numa fita K7 de 60 minutos. De qualquer maneira, como forma de gratidão e respeito ao "velhinho", guardo esse LP, com muito carinho até hoje.
Mas deixando de lado minhas senis lembranças, vale destacar as seguintes faixas: 'Breadfan', ' Baby Please Don't Go', 'You're The Biggest Thing Since Powdered Milk'', 'In The Grip Of A Tyrefitter's Hand' e a fantástica 'Parents'. Esta última, na minha opinião é uma das obras-primas do "Budgie". Da suave e melódica balada que predomina por boa parte da composição, lá pelo meio da composição, resplandece um dos mais belos, sensíveis e melódicos solos de guitarra que já escutei, mesclado ao canto de surreais e "luminosas" gaivotas. Esse efeito, agregado a uma sonoplastia marítima, se repete e extende-se até o término dessa magnífica composição. Uma verdadeira jóia auditiva. É de arrepiar...
Embora ainda não soubesse o nome da banda, me identifiquei imediatamente com aquela sonoridade agressiva, feroz e inquieta e em especial pelo característico vocal de Burke Shelley. Sempre que "rolava" alguma de suas inúmeras faixas na rádio Eldo Pop eu ia a loucura. Aumentava o volume do velho 'Philco' Transglobe, que era emprestado (radio FM na época era caro pacas), e me deixava levar...
Durante muito tempo, me empenhei "seriamente" em descobrir o nome da banda. Por volta do ano de 1977/78, não me acanhava em tentar "descrever" as músicas para meus conhecidos, na expectativa que algum deles conseguisse me fornecer a identidade da banda. Hoje é até engraçado lembrar, mas paguei muito mico com péssimas interpretações vocálicas das partes mais relevantes das músicas, ou mesmo, nas tenebrosas e desafinadas tentativas de cantar como o inigualável Burke Shelley.
Por outro lado, acho que minha persistência e minha total inabilidade artística, de certa forma, me auxiliaram (afinal, são muito poucos aqueles que apreciam o sofrimento...). Após algumas das minhas memoráveis "apresentações", por fim chegou as minhas mãos o álbum "Best Of Budgie", pra lá de usado e gasto. O coitado do LP deve ter conhecido todo tipo de agulha, inclusive, como tudo indica, a lasca de sílex, a agulha de bambú e o prego de aço. Para piorar a qualidade sonora, nesse LP em especial, foi utilizada uma técnica de "micro sulcos" muito mais extreitos e próximos uns dos outros, que o normalmente utilizado. Para ter uma idéia só o lado "A" comportou mais de 30 minutos de gravação o mesmo acorrendo com o lado "B". Ou seja, o álbum não caberia integralmente numa fita K7 de 60 minutos. De qualquer maneira, como forma de gratidão e respeito ao "velhinho", guardo esse LP, com muito carinho até hoje.
Mas deixando de lado minhas senis lembranças, vale destacar as seguintes faixas: 'Breadfan', ' Baby Please Don't Go', 'You're The Biggest Thing Since Powdered Milk'', 'In The Grip Of A Tyrefitter's Hand' e a fantástica 'Parents'. Esta última, na minha opinião é uma das obras-primas do "Budgie". Da suave e melódica balada que predomina por boa parte da composição, lá pelo meio da composição, resplandece um dos mais belos, sensíveis e melódicos solos de guitarra que já escutei, mesclado ao canto de surreais e "luminosas" gaivotas. Esse efeito, agregado a uma sonoplastia marítima, se repete e extende-se até o término dessa magnífica composição. Uma verdadeira jóia auditiva. É de arrepiar...
Never Turn Your Back On A Friend (1973)
Músicas:
01. Breadfan
02. Baby Please Don't Go
03. You Know I'll Always Love You
04. You're The Biggest Thing Since Powdered Milk
05. In The Grip Of A Tyrefitter's Hand
06. Riding My Nightmare
07. Parents
Músicos:
Burke Shelley - Baixo e Vocal
Tony Bourge - Guitarra, Violão e backing vocals
Ray Phillips - Bateria
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