Contrariando minha proposta inicial de somente divulgar progressivo dos anos 70, não resisti a tentação de postar algo do "East", no caso, o álbum Hüség de 1982. O East, sempre foi uma de minhas bandas de progressivo preferidas e durante um bom tempo, pelo menos uma vez na semana, deliciava-me com a beleza e a riqueza de sua estrutura melódica e harmônica e com suas sensacionais performances.
East é composto por cinco excepcionais músicos húngaros e que cantam na sua língua pátria, o que acaba se tornando muito agradável (embora não entenda absolutamente nada, a língua é muito musical). O som que os rapazes fazem é muito descritivo e cristalino, facilitando longas e prazerosas viagens em seus acordes que variam de temas grandiosos e épicos à canções mais emotivas e suaves, capazes de remeter o ouvinte à paisagens cinematográficas.
A discografia do East numericamente é bem razoável, mas não se mostra fiel ao progressivo. Ela é composta por oito álbuns: "Játékok" (1981), "Hüség" (1982), "Rések a Falon" (1983), "Az Áldozat (Szodoma)" (1984), "A Szerelem Sivataga" (1988), "Taking the wheel" (1992), "Radio Babel" (1994), "Live - Két Arc" (1995). Infelizmente só conheço os dois primeiros, no entanto, ao longo de minhas pesquisas, constatei que é unânime entre os apreciadores de progressivo que os demais trabalhos não chegam nem perto dos dois primeiros álbuns.
A faixa de abertura, "Hüség" é um fusion de primeira. Os teclados de Géza, me fazem lembrar um pouco a sonoridade do Jean Luc Ponty, no entanto, não apenas nessa faixa, como ao longo das demais composições, noto com maior nitidez, uma influência do grande tecladista Jan Hammer (Mahavishnu Orchestra), seus solos e suas "conversações" com as guitarras de János são magistrais, bem ao estilo da Mahavishnu e dos demais álbuns onde participe Hammer. Mas não se enganem, o restante do álbum é altamente progressivo sinfônico, com algumas eventuais e ligeiras passagens pelo fusion aqui e ali.
Existe uma nítida conexão entre as músicas, algumas são dramáticas, de atmosfera densa e obscura, outras são introspectivas, misteriosas mas repletas de esperança e poesia. Mas deixando as divagações "haxixelianas" ( حشيش em árabe hashish) de lado, o que realmente importa é a inegável qualidade dos arranjos e o virtuosismo de seus integrantes. Todas as músicas possuem impecáveis e belíssimos temas, repletos de solos de guitarra, órgão, mellotron, piano, além é claro, do exemplar bom gosto dos arranjos vocais, sem deixar de mencionar a brilhante e criativa condução do baterista István Király.
Para aqueles que gostam de saborear as coisas boas da vida, East é um excelente acompanhamento, mas pode ser consumido sozinho como prato principal.
East é composto por cinco excepcionais músicos húngaros e que cantam na sua língua pátria, o que acaba se tornando muito agradável (embora não entenda absolutamente nada, a língua é muito musical). O som que os rapazes fazem é muito descritivo e cristalino, facilitando longas e prazerosas viagens em seus acordes que variam de temas grandiosos e épicos à canções mais emotivas e suaves, capazes de remeter o ouvinte à paisagens cinematográficas.
A discografia do East numericamente é bem razoável, mas não se mostra fiel ao progressivo. Ela é composta por oito álbuns: "Játékok" (1981), "Hüség" (1982), "Rések a Falon" (1983), "Az Áldozat (Szodoma)" (1984), "A Szerelem Sivataga" (1988), "Taking the wheel" (1992), "Radio Babel" (1994), "Live - Két Arc" (1995). Infelizmente só conheço os dois primeiros, no entanto, ao longo de minhas pesquisas, constatei que é unânime entre os apreciadores de progressivo que os demais trabalhos não chegam nem perto dos dois primeiros álbuns.
A faixa de abertura, "Hüség" é um fusion de primeira. Os teclados de Géza, me fazem lembrar um pouco a sonoridade do Jean Luc Ponty, no entanto, não apenas nessa faixa, como ao longo das demais composições, noto com maior nitidez, uma influência do grande tecladista Jan Hammer (Mahavishnu Orchestra), seus solos e suas "conversações" com as guitarras de János são magistrais, bem ao estilo da Mahavishnu e dos demais álbuns onde participe Hammer. Mas não se enganem, o restante do álbum é altamente progressivo sinfônico, com algumas eventuais e ligeiras passagens pelo fusion aqui e ali.
Existe uma nítida conexão entre as músicas, algumas são dramáticas, de atmosfera densa e obscura, outras são introspectivas, misteriosas mas repletas de esperança e poesia. Mas deixando as divagações "haxixelianas" ( حشيش em árabe hashish) de lado, o que realmente importa é a inegável qualidade dos arranjos e o virtuosismo de seus integrantes. Todas as músicas possuem impecáveis e belíssimos temas, repletos de solos de guitarra, órgão, mellotron, piano, além é claro, do exemplar bom gosto dos arranjos vocais, sem deixar de mencionar a brilhante e criativa condução do baterista István Király.
Para aqueles que gostam de saborear as coisas boas da vida, East é um excelente acompanhamento, mas pode ser consumido sozinho como prato principal.
Hüség (1982)
Músicas:
01. Hüség = Faith
02. Keresd Önmagad = Search Yourself
03. Mégikus Erö = Magical Power
04. Én Voltam... = It was Me
05. A Végtelen Tér Öröme = The Happiness of Endless Space
06. Ujjászületés = Born Again
07. Ablakok = Windows
08. Vesztesek = Losers
09. Felhökön Sétálva = Walking on the Clouds
10. Várni Kell = You must Wait
11. Merengés = Meditation
Músicos:
Géza Pálvölgy: Teclados
János Varga: Guitarra
Miklós Zareczky: Vocal
István Király: Bateria
Péter Móczán: Baixo
[Obrigado = Thanks]
01. Hüség = Faith
02. Keresd Önmagad = Search Yourself
03. Mégikus Erö = Magical Power
04. Én Voltam... = It was Me
05. A Végtelen Tér Öröme = The Happiness of Endless Space
06. Ujjászületés = Born Again
07. Ablakok = Windows
08. Vesztesek = Losers
09. Felhökön Sétálva = Walking on the Clouds
10. Várni Kell = You must Wait
11. Merengés = Meditation
Músicos:
Géza Pálvölgy: Teclados
János Varga: Guitarra
Miklós Zareczky: Vocal
István Király: Bateria
Péter Móczán: Baixo
[Obrigado = Thanks]