sábado, 28 de novembro de 2009

Robin Trower - Bridge Of Sighs (1974)

Em 1961, o guitarrista inglês Robin Trower formou com Gary Brooker (piano), Chris Copping (baixo), Mick Brownlee (bateria) e Bob Scott (vocal) um grupo que se chamava "The Paramounts".

Não demorou muito e Scott abandonou a banda, ficando o vocal sob a responsabilidade de Brooker. Em 1962, ocorre uma nova mudança dos integrantes; Copping sai e entra Diz Derrick no baixo e Brownlee é substituído por B.J.Wilson na bateria. Em meados do ano de 1963, lançaram seu primeiro single e em poucos anos chegaram a lançar um total de três sigles. Muito embora tenham conquistando um certo respeito no cenário do R&B, a banda se desfaz em 1966.

No início de 1967, Brooker fundou o “Procol Harum”, contando na sua formação original com Keith Reid (letrista), Matthew Fisher (Hammond), Ray Royer (guitarra) e David Knights (baixo) e em maio do mesmo ano, gravaram o single “A Whiter Shade of Pale”.

Em 1968, ocorre uma nova mudança na formação da banda, com o retorno de B.J. Wilson (bateria) e Robin Trower (guitarra) que gravam o single “Homburg”. Daí para frente, ainda tem muita história para ser contada sobre o “Procol Harum”, mas isso fica para uma outra postagem especialmente dedicada a essa exemplar banda.

Em 1973 Robin Trower lança seu primeiro álbum solo e não para mais de realizar magníficos trabalhos solos ou em parceria com outros músicos, em especial com o baixista Jack Bruce (Cream). Sua discografia é muito extensa, não cabendo aqui enumerá-la na sua íntegra. No entanto, para efeito de amostragem, na minha singela e insignificante opinião, são essenciais os seis primeiros álbuns: "Twice Removed from Yesterday" (1973), "Bridge of Sighs" (1974), "For Earth Below" (1975), "Robin Trower Live" (1976 ), "Long Misty Days" (1976), "In City Dreams" (1977).

Bridge Of Sighs (1974)

Músicas:
01. Day Of The Eagle
02. Bridge Of Sighs
03. In This Place
04. The Fool And Me
05. Too Rolling Stoned
06. About To Begin
07. Lady Love
08. Little Bit Of Sympathy

Músicos:
Robin Trower: Guitarra
James Dewar: Baixo e vocal
Reg Isidore: Bateria

[Obrigado = Thanks]

Dedico esta postagem como uma singela homenagem à memória do saudoso e genial baterista Reg Isidore (1949-2009), que participou do primeiro e do segundo álbuns da banda.
Onde quer que você esteja, esperamos que continue seu magnífico trabalho junto a Jimi Hendrix e tantos outros, que deixaram prematuramente este nosso "espaço temporal".

Robin Trower - For Earth Below (1975)

Não tenho muita certeza, a memória me escapa, não sei se foi na Eldo Pop ou se foi lá pelo ano de 1976, como umas das músicas que compunham a trilha sonora de um documentário sobre Surf, que se chama RED HOT BLUE dirigido por Curt Mastalka, que ouvi pela primeira vez a poderosa e vibrante Fender Stratocaster do Robin Trower. Na época, eu não sabia quem era aquele cara que tocava como Jimi Hendrix, mas sabia que não se tratava do "Deus" Hendrix, tinha alguma coisa de diferente no timbre e na "pegada" da guitarra. Pergunta daqui, pergunta dalí, acabei por descobrir o nome da fera; Robin Trower.

De posse da informação principal, guardei uma grana e assim que foi possível, fui direto para a Sears que ficava na Praia de Botafogo (RJ). Lá me encontrei com meu primeiro álbum do Robin Trower, que é o álbum objeto dessa postagem (o álbun esta comigo até hoje). Lembro-me que cheguei em casa e fui logo botando o "bolachão" pra tocar no meu antigo "Grundig", aparelhado com uma novíssima agulha "Lesson" de safira. Aumentei o som e mandei ver... minha mãe quase enlouqueceu coitada, e para piorar, o equipamento era tão primitivo que não possuía nem saída para fone de ouvido. Mas mesmo num volume inferior ao desejado, sempre era uma verdadeira "porrada na cabeça" e no coração!

Naquela época, eu ouvia progressivo e de Hard Rock, não conhecia o que era o Blues (embora já escutasse Hendrix). Foi Robin Trower que abriu minha mente para o mundo repleto de possibilidades do Blues. Foi uma paixão imediata e avalassadora, economizava tudo que podia, só para comprar os preciosos LPs de Rock e Blues que viesse a conhecer. Algum tempo mais tarde, "carburava" placidamente minha primeira "erva", ao som de Robin Trower, Jimi Hendrix, Johnny Winter, Roy Buchanan e Rory Gallagher. Bons tempos...

For Earth Below (1975)

Músicas:
01. Shame the Devil
02. It's Only Money
03. Confessin' Midnight
04. Fine Day
05. Alethea
06. A Tale Untold
07. Gonna Be More Suspicious
08. For Earth Below

Músicos:
Robin Trower: Guitarra
James Dewar: Baixo e vocal
Bill Lordan: Bateria

[Obrigado = Thanks]

Robin Trower - Live (1976)

Não tenho muito mais a falar sobre o grande mestre Robin Trower, que para mim, gostem ou não, é um dos melhores guitarristas de Rock & Blues que ainda se encontra nesse nosso espaço temporal. Esse cara, hoje com 64 anos, sempre soube muito bem o que fazer com sua sempre presente Fender Stratocaster e sua pedaleira.

O álbum objeto dessa postagem é no meu entender, um dos melhores álbuns de Rock (ao Vivo) já gravado. Claro que existem uma infinidade de outros, que pretendo a seu tempo, divulgá-los, mas a versão de "Daydream" (originalmente do álbum "Twice Removed From Yesterday"), nesse álbum Live é uma "revelação", uma "visão", uma experiência quase que metafísica ou tântrica.

Como se não bastasse o magnífico solo que se inicia lá pelos quatro minutos e dez segundos, após decorridos os seis minutos iniciais, Robin Trower começa a "forçar" as notas musicais a se sustentarem no tempo e no espaço com uma beleza, suavidade e genialidade inigualáveis.

Note-se que estamos falando de um solo "ao vivo" em um ambiente aberto, repleto de gente e mesmo asssim a "alquimia" naquele instante é realizada pelo Grão Mestre Robin Trower, sustentando as notas ao ponto de se fundirem a microfonia e serenamente, retoma-as em suas mãos como "obedientes borboletas". É certamente um evento mítico, raro e absolutamente inebriante. (Viajei... né???? Deve ser a "rebordosa" de muitos anos de "erva" e outros "produtos naturais"...hehehehehehehe).

Até hoje, sempre que escuto esse álbum, quando chega a "Daydream", coloco o volume "no talo" e espero o tempo parar... de preferência já acompanhado por um bom Whisky (com gêlo) e um charuto!

Não tenho mais nada a dizer.

Live (1976)

Músicas:
1. Too Rolling Stoned
2. Daydream
3. Rock Me Baby
4. Lady Love
5. I Can't Wait Much Longer
6. Alethea
7. Little Bit of Sympathy

Músicos:
Robin Trower: Guitarra
James Dewar: Baixo e vocal
Bill Lordan: Bateria

[Obrigado = Thanks]

Dedico esta postagem, como uma singela mas sincera homenagem a memória do saudoso e genial baixista e vocalista James Dewar (1942-2002).
Onde quer que voce esteja, esperamos que continue seu magnífico trabalho junto a Jimi Hendrix e tantos outros, que deixaram prematuramente este nosso "espaço temporal".

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uma breve História sobre o Long Playing - Vinil

Esta postagem é apenas um singelo resumo da história da indústria fonográfica até o advento do Long Playing. Trata-se de uma compilação de informações obtidas pela rede, que visam apenas ilustrar de forma sucinta, uma história por demais ampla e complexa. Não serão aqui abordadas questões referentes a composição química dos suportes materiais ou mesmo um aprofundado estudo sobre os processos de produção. Restringi o enfoque da matéria aos fatos mais relevantes.

Sou um fervoroso amante do LP de vinil (analógico) e tenho em meu acervo fonográfico, diversos exemplos da superioridade sonora do "antiquado" LP analógico, isso sem contar a limitação física da capa e do eventual encarte, imposta pelo CD, resultando, na maioria das vezes, na completa descaracterização, mutilação ou mesmo destruição da arte gráfica da capa, que em muitos casos, chegam a ser verdadeiras obras de arte.

É certo que muitos dos eventuais leitores poderão não compartilhar da minha opinião e alguns, talvez nunca tenham sequer visto ou escutado um vinil. No entanto, na maioria das vezes, prefiro escutar meu LP original de prensagem Japonesa, Inglesa, Alemã, Francesa, Italiana ou Brasileira, em meus velhos e queridos Technics, com cápsula Shure M44C (Cônica) ou M55E (Elíptica), à escutar um CD, mal remasterizado, mal mixado ou mal editado, principalmente quando estamos falando de LPs da década de 70.

A titulo de mera curiosidade, atualmente todos os CDs são DDD ou seja, todo o processo de gravação, mixagem, edição e masterização são Digitais. Quando no entanto, falamos de obras fonográficas originariamente gravadas em LPs, temos dois outros processos:

·    O ADD, nesse o processo de gravação no estúdio foi totalmente Analógico já os processo de mixagem, edição e masterização utilizou-se tecnologia Digital.
·    O AAD, nesse caso, tanto o processo de gravação em estúdio, como a mixagem e edição são Analógicas, somente utilizando-se a tecnologia Digital na masterização.

Particularmente não gosto do Compact Disc, em que pese a seu favor, a sua praticidade. A digitalização sonora não passa de um "grotesco fantasma" comparado ao som analógico do LP. O som é um conjunto de ondas que atravessam o espaço e é quase infinito na sua amplitude. A informação digitalizada em 0 (zeros) e 1(uns) (binária) não pode conter toda essa informação porque se o fizesse, cada CD levaria meia dúzia de minutos de música. Assim sendo, o que é feito é uma AMOSTRAGEM digital, isto é, selecionam uma amplitude determinada (no caso do CD, 44 ou 48 kHz) e é só isso que vai parar ao CD. Tudo o resto é cortado, literalmente jogado fora.

Lamentavelmente, a ganância da indústria fonográfica e eletrônica, vislumbrando a médio prazo, auferir elevados ganhos financeiros com o "avanço" tecnológico digital, investiu pesadamente no aniquilamento do LP, para mais tarde, com um custo de produção infinitamente mais baixo, relançar no mercado em formato de CD, algumas obras originariamente editadas em LP, a um preço muitas vezes proibitivo, incluindo ainda, para desgosto dos colecionadores, faixas extras (bonus track), não existententes nos originais em LP.

Mas uma coisa é certa. Para tudo existe um preço à pagar! A vingança pode tardar mas não falha! Por mera diversão, pergunto aos eventuais leitores: Quantos LPs de vinil foram pirateados no Brasil? Pessoalmente, posso até estar equivocado, mas só conheço um único caso ocorrido no Brasil e foi com o LP do Terreno Baldio. Os custos envolvidos na produção de um LP, são elevados e dependem de uma um aparato industrial complexo que não envolve apenas a produção física do suporte material (LP), existindo ainda os custos com a arte gráfica, capas, selos, envelopes etc.

Pois é... o que a indústria fonográfica não previu, foi com a rápida popularização da cópia digital e o seu  subsequente barateamento, hoje acessível e presente em quase todos os computadores domésticos. BEM FEITO! Agora não adianta "chorar" ou "reclamar", a pirataria existe, é um fato, alimentado e incentivado principalmente pelo baixo poder aquisitivo da população, aliado aos abusivos preços dos CDs e seus respectivos impostos.

Enfim, por muito tempo a pirataria ainda vai provocar muita "dor de cabeça", sem falar no explosivo crescimento da codificação de áudio, no caso, o MP3 que não tardará à sepultar também o CD, com o crescimento dos dispositivos reprodutores de MP3.

Bom, vamos ao que realmente interessa!


O Fonógrafo



O Fonógrafo é um antigo aparelho destinado a reproduzir sons gravados mecanicamente em cilindros metálicos, sob a forma de sulcos em espiral.

Inventado em 1877, o mencionado dispositivo teve inicialmente dupla paternidade. Aos 18 de Abril daquele ano, Charles Cros, na França, apresentou o "Paléophone", enquanto aos 18 de Agosto do mesmo ano, Thomas Alva Edison apresentava o "Fonógrafo". Por alguma razão que desconheço (estou pesquisando), a paternidade do invento coube ao americano Thomas Alva Edison (1847-1931).

O primeiro modelo era dotado de um cilindro rotativo coberto por uma folha de papel estanhado, na qual se apoiava uma agulha presa a um diafragma e um grande bocal (chifre) responsável pela captura das ondas sonoras.

Na medida que o cilindro era girado manualmente, as ondas sonoras faziam o diafragma vibrar e a agulha produzia os sulcos sobre a folha estanhada. Quando a gravação estava completa, a ponta era substituída por uma agulha e a máquina, desta vez, reproduzia as palavras quando o cilindro era girado mais uma vez.

Este tipo de gravação tinha uma duração muito limitada, cerca de um minuto, e só podia ser utilizado 3 ou 4 vezes, em 1886 Chichester Bell e Charles Tainer registaram o "Gramofone" em que a folha de estanho foi substituída por um cilindro de cera mineral, melhorando a qualidade sonora, e a duração dos cilindros. Mas o processo de duplicação para fins comerciais ainda era muito dispendioso inviabilizando sua produção em massa.


O Gramofone

Em 27 de novembro de 1887, o alemão, nascido em Hanover, Emil Berliner desenvolveu o um Fonógrafo capaz de reproduzir os sons por meio de discos, entrando em concorrência com o cilindro fonográfico de Thomas Edison.

A invenção de Emil era mais interessante, sob o ponto de vista industrial, porque tratava-se de um disco plano metálico coberto de cera, que permitia registrar o som em lugar do cilindro proposto por Edison. O disco plano permitia baratear o processo de fabricação, além de proporcionar a duplicação em massa.

No entanto, houve um tempo em que o alemão Emil Berliner, emigrado em 1870 para os Estados Unidos aos 19 anos, não conseguia patrocinador para sua invenção, e ganhava sua vida como vendedor de secos e molhados. Ninguém acreditava no futuro comercial daquela engenhoca dotada de uma enorme campânula, destinada a extrair sons de um objeto circular, feito de zinco, com 12 centímetros de diâmetro, que girava a 150 rotações por minuto e tocava durante 1 minuto apenas.

Em 1869, John Wesley Hyatt descobriu um elemento de capital importância para o desenvolvimento da indústria dos plásticos: a celulóide. Tratava-se de um material fabricado a partir da celulose natural, tratada com ácido nítrico e cânfora, substância cujos efeitos de plastificação foram muito utilizadas e fundamentais para Berliner, que em 1894, ofereceu os primeiros cinqüenta "pratos" dele ao público americano. Eram discos de celulóide com 7 polegadas de diâmetro com um furo no centro, custavam US$ 60¢ cada e tocavam durante aproximadamente dois minutos.

Se Berliner não tivesse convencido, em 1895, a Companhia Ferroviária da Pensilvânia a investir US$ 25 mil em seu projeto, não teria levado adiante as pesquisas que lhe permitiram registrar, em 26 de novembro de 1898, num cartório de Hanover, a firma batizada com o nome dado por ele a seu invento: a Deutsche Grammophon Gesellschaft mbH. Pouco depois criou a Britain's Gramophone Co. Ltd, para comercializar os seus dispositivos na Europa.

Inicialmente o Gramofone funcionava com rotação manual. Em 1896, o mecanismo sofre uma grande melhoria e um motor movido a corda (helicoidal), desenvolvido pelo norte-americano Eldridge Johnson em parceria com Berliner é amplamente comercializado. O sistema de corte passa de vertical para horizontal, ou seja, as ondulações são gravadas na lateral e não no fundo dos sulcos, como ocorre com os cilindros.
Com o formato de disco plano, são superadas as dificuldades do formato cilíndrico e os processos de produção passaram de semi-artesanais para industriais. A matriz de cera gravada passa por um processo de galvanoplastia onde através de eletrólise é confeccionado um primeiro molde em metal. A partir desse molde é confeccionado uma espécie de contramolde chamado madre (que pode ser tocada como o disco) onde são corrigidas as imperfeições. Na seqüência é feito um novo molde que funciona como estampa para a confecção do disco propriamente dito em prensas.

O gramofone de Berliner e o método de duplicação dos discos foram adquiridos pela Victor Talking Machine Company (RCA), daí o nome "victrola" como ficou popularmente conhecido o aparelho destinado a reproduzir os discos. Também foi vendida a marca registrada de Berliner, mais tarde adotada pela RCA, que consiste-se na famosa pintura de seu cachorro, chamado "Nipper", escutando a voz do seu mestre.

Na década de 10, os discos eram gravados apenas em uma de suas faces a uma rotação de 76 RPM, mais tarde(1925), padronizada em 78 RPM. Essa rotação permitia que cada disco comportasse em média 3 minutos de gravação, o que na maioria dos casos é preenchido com uma só música no tamanho padrão de 10 polegadas. A gravação dos dois lados, lançada pela primeira vez no comércio, pela Columbia em 1904, teve sua aplicação dificultada, não por razões tecnológicas, mas em razão de questões jurídicas, envolvendo a patente do invento, obtida pelo engenheiro suíço Adhemar Napoleon Petit, que judicialmente embargava sua produção.

Em 1925 ocorre a evolução mais significativa e de maior impacto tecnológico que foi o sistema elétrico de gravação. Isto não significa apenas um diferencial na manufatura da indústria do disco, mas a codificação da onda sonora em corrente elétrica. Ao contrário do que ocorria no sistema mecânico o som gerado é transformado em sinal de corrente eletromagnética e depois amplificado no momento da gravação e da reprodução, surgem equipamentos de captação e amplificação como o microfone e os alto-falantes e como não podia deixar de ser o toca disco elétrico.

Em 1927, Edison conseguiu a proeza de quebrar a barreira dos quatro minutos de gravação, usando um sulco fino e uma minúscula agulha de diamante para reproduzir mais de 22 minutos de cada lado dos grossos discos de 78 rpm. Victor em 1932-33, reduziu a velocidade para‚ 33 1/3 rpm, usando um sulco mais fino ainda e extremamente preciso, mas a grande depressão econômica e o exagerado peso do braços dos toca-discos, conspiraram para assegurar o seu fracasso.

Em 1934, A. D. Blumlein inventa o disco estéreo. O termo "hi fi" ou "high fidelity" começa a ser usado, mas somente tornando-se viável comercialmente em 1958, quando os discos estéreo estouraram no mercado. Em 10 anos os discos estéreo suplantaram os tradicionais mono.

Em junho de 1948 o Engenheiro da Columbia Peter Goldmark, desenvolve o microssulco (cavidades bem mais estreitas por onde a agulha o toca-discos percorre) que associado à já existente rotação de 33 1/3 RPM, permite que se grave de 15 a 20 minutos de cada lado contra os 4 minutos do sistema de 78 rpm. Importante frizar que a novidade não foi apresentada sozinha. Um novo toca-discos com uma plataforma giratória melhorada e com um braço ultra-leve provida de agulha fono-captora de safira acompanhou o seu lançamento, o que fez destes, os primeiros discos de longa duração eficientes e de qualidade. Nasce nesse momento o conhecido Long Playing ou como ficou popularmente conhecido o LP.

Em fevereiro de 1949, a RCA introduz o disco de 45 rpm. Trata-se de um disco de vinil com 7 polegadas de diâmetro, com um furo no meio, que gira a 45 rotações por minuto. O disco de 45 rpm foi concebido originalmente pela RCA Victor como uma tentativa de criar um substituto para todos os tipos de discos. Esse novo padrão, visava também substituir o 78 rpm, que constituído de laca, (também conhecido como Shellac Resinous Glaze, resina de origem animal, secretada pelo inseto Laccifer lacca, originário da Tailândia, que ao ser recolhida da madeira era denominada de "seedlac") era um produto mais caro, pesado e que se quebrava com facilidade. Em meados dos anos 50 eram produzidos na mesma escala dos 78 rpm.


Em 1958, foram fabricados pouquíssimos discos de 78 rpm - os últimos produzidos comercialmente foram lançados em 1960. Bem, a história não acaba aqui, diversas outras melhorias, ou tentativas de melhorias, foram implementadas, não apenas no que se refere ao material utilizado no suporte material (LP), como também, melhorias de ordem técnica de gravação que conferem ao saudoso LP sua eterna característica especial, quase "mágica". Quem nunca ouviu por exemplo, um LP do Black Sabbath, bem gravado, numa aparelhagem também de qualidade, certamente não sabe do que estou falando e nunca poderá avaliar a abissal diferença dos graves, médios e agudos entre o LP e o CD.

NOTA IMPORTANTE:
Essa matéria foi originalmente escrita em 2006, quando na época eu mantinha um site da minha empresa, infelizmente falida em 2008. Parte dos textos aqui contidos são transcrições de matérias publicadas na WEB, outras partes são compilações, no entanto, muitas das referências autorais se perderam de forma irremediável. Sendo assim, peço àqueles que não tiveram seus créditos autorais devidamente mencionados e publicados que me avisem para que eu possa corrigir esse meu lamentável erro.

CRÉDITOS:
EVALDO PICCINO: http://www.sonora.iar.unicamp.br/ler_artigo.php?id=48
PEDRO HOMERO: http://urbi.ubi.pt/000822/edicao/op_ph.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Anyone's Daughter - In Blau (1982)

Formado por quatro excepcionais músicos alemães, o Anyone's Daughter faz um progressivo de excelente qualidade assemelhado, em alguns momentos, ao som do seu conterrâneo Novalis, outra excelente banda alemã que muito admiro. Anyone's Daughter possui em sua discografia: “Adonis” (79), “Anyone's Daughter” (80), “Piktors Verwandlungen” (81), “In Blau” (82), “Neue Sterne” (83), “Live 1984” (84, Live), “Last Tracks” (86), “Danger World” (01), “Requested Document Live 1980-1983” (Live), “Requested Document Live 1980-1983 Vol. 2” (Live), “Wrong” (04).

Como o Anyone's Daughter é uma banda muito conhecida pelos apreciadores do progressivo, não vejo razão que justifique uma longa apresentação. No entanto, sempre notei, que a maioria dos blogs enfatizam e evidenciam como a obra mais representativa o LP "Adonis" e são raros aqueles que sequer mencionam o "In Blau". Também admiro muito o "Adonis", assim como o "Anyone's Daughter" e o "Piktors Verwandlungen", mas na minha concepção, a obra que melhor reflete a genialidade e o espírito dessa fantástica banda é o "In Blau".

"In Blau", é o ponto alto da discografia dessa banda. Trata-se de um trabalho lírico, mas que não se deixar levar "às cegas" pelas alamedas da poesia. Existe uma evidente maturidade no perfeito e exemplar equilíbrio entre os seus movimentos, que conferem às composições uma beleza harmônica e uma riqueza musical únicas. Creio que a beleza dessa obra, se deve em grande parte, ao fato das letras estarem em alemão. Isso de alguma forma, contribuiu favoravelmente a criação de uma arranjo mais elegante, "encorpado", "frutado" e maduro, tal como um excelente vinho de nobre safra.

Muito embora, o excelente LP "Piktors Verwandlungen", seja na verdade o primeiro trabalho da banda com letra em alemão, eles se limitam a recitar trechos da obra homônima de autoria de HERMANN HESSE (que poderia ser livremente traduzida por: "transformação", "metamorfose" ou "mutação"). Aqui, o verdadeiro diferencial entre as duas obras, é que recitar não é o mesmo que cantar, e os arranjos, no primeiro caso, acabaram sofrendo severas restrições na sua linha melódica de forma a "acomodar-se" a leitura do texto. "Piktors Verwandlungen” , como já mencionei anteriormente é exemplar e altamente recomendado, mas não brilha como o "In Blau".

In Blau (1982)

Músicas:
01. Sonnenzeichen - Feuerzeichen
02. Für ein kleines Mädchen
03. Nichs für mich
04. Nach diesem Tag
05. La la
06. Sonne
07. Tanz und Tod      (15:11)
     A) Der Begleiter   (5:20)
     B) Yaqui              (3:30)
     C) Tanz und Tod  (6:15)

Músicos:
Harald Bareth: Baixo, Vocal
Uwe Karpa: Guitarras
Matthias Ulmer: Teclados, Vocal
Peter Schmidt: Bateria

[Obrigado = Thanks]

domingo, 15 de novembro de 2009

Goblin - Il Fantastico Viaggio Del "Bagarozzo" Mark (1978)

 

Para maiores informações sobre o Goblin, leia a postagem do "Roller".

Il Fantastico Viaggio Del "Bagarozzo" Mark (1978)

Músicas:
01. Mark Il Bagarozzo
02. Le Cascate di Viridiana
03. Terra di Goblin
04. Un Ragazzo D'Argento
05. La Danza
06. Opera Magnifica
07. Notte
08. .....E Suono Rock

Músicos:
Massimo Morante: Guitarras, Vocal
Fabio Pignatelli: Baixo
Claudio Simonetti: Organ, Piano, Clavinet, Minimoog, Logan String Machine
Agostino Marangolo: Bateria, Percussão
Antonio Marangolo: Sax

[Obrigado = Thanks]

Goblin - Roller (1976)

Os Goblins são entidades galhofeiras, mas por vezes podem ser maus e os seus truques podem prejudicar seriamente as pessoas. Eles importunam os seres humanos de vários modos, como a ocultação de pequenos objetos, tombam recipientes e copos, deterioram os alimentos, dentre outras pequenas, porém inconvenientes "brincadeiras". Segundo o folclore Nórdico, o Goblin  geralmente está associado ao mal. Segundo essa crença são horripilantes, dominam a arte da feitiçaria e odeiam os gnomos. Em algumas outras mitologias os Goblins são dotados de grande força, porém não possuem grande inteligência. Vivem em bando, como uma comunidade precária muito assemelhada aos humanos primitivos. Na verdade, encontramos a figura do Goblin em quase todas as culturas, e cada uma delas lhe atribui um nome. Mas isso tudo é só uma lenda... certo?

Seja como for, no nosso caso, "Goblin" é uma banda italiana que ganhou notoriedade e prestígio no universo do progressivo, em razão de suas trilhas sonoras nas obras dos cineastas Dario Argento e George Romero, que se especializaram em filmes de terror como "Profondo Rosso" (Prelúdio Para Matar), "Suspiria" e Zombi (O Despertar dos Mortos).

No entanto, a história da banda realmente começa lá entre 1972 a 1974, naquela época a banda chamava-se "Oliver". SIMONETTI (Teclados), MORANTE (guitarra), BORDINI (bateria), PIGNATELLI (baixo) e TARTARINI (Vocal), fizeram um som progressivo, inspirado em Yes, Genesis, Gentle Giant, E.L.P. Em 1974, chegaram a gravar um excelente LP progressivo entitulado "Cherry Five", pela Cinevox (gravadora especializada em trilhas sonoras), mas que somente foi efetivamente lançado em 1976. Não se sabe o motivo, mas o nome verdadeiro da banda, ou seja, "Oliver", não constou do selo ou da capa, apenas o nome do álbum "Cherry Five" foi estampado na capa e no selo desse primeiro LP da banda "Oliver", posteriormente denominada "Goblin", certamente por estarem envolvidos na realização de trilhas sonoras de filmes de terror.

Sendo assim, sob um enfoque purista, nunca existiu uma banda chamada "Cherry Five", mas sim a banda "Oliver". Esse álbum "Cherry Five" (1974) é na verdade o primeiro álbum do Goblin. Trata-se uma verdadeira raridade, que poderá ser baixada em qualquer um dos dois excelentes blogs:

http://proginblog.blogspot.com/2009/07/cherry-five-cherry-five-1975.html
ou
http://voo7177.blogspot.com/search/label/It%C3%A1lia?updated-max=2008-11-12T10%3A16%3A00-02%3A00&max-results=20

Na discografia do "Goblin" existem: "Profondo Rosso" (1975), "Roller" (1976), "Suspiria" (1977),  "Il Fantastico Viaggio Del "Bagarozzo" Mark" (1978),  "Zombi" (1978), "The Fantastic Journey Of Goblin - Best Of Vol. 1" (2000), "Nonhosonno" (2000). "Roller" e "Il Fantastico Viaggio Del "Bagarozzo" Mark", ambos objeto da presente postagem, são álbuns que particularmente denomino como "autônomos", ou seja, são álbuns que não estão envolvidos com qualquer projeto cinematográfico. Isso, de certa forma, é o que mais me fascina nesses dois trabalhos, pois a banda se "liberta" das amarras cinematográficas, podendo livremente criar e desenvolver seus temas, sem se preocupar em acompanhar a cadencia e o andamento cinematográfico.

É puro progressivo e altamente recomendado, só não "baixa" quem já tem ou quem não gosta de progressivo.
 Roller (1976)

Músicas:
01. Roller
02. Aquaman
03. Snip-Snap
04. Il risveglio del serpente
05. Goblin
06. Dr Frankenstein

Músicos:
Massimo Morante: Guitarras
Fabio Pignatelli: Baixo
Claudio Simonetti: Organ, Piano, Clavinet, Minimoog, Logan String Machine
Agostino Marangolo: Bateria, Percussão
Maurizio Guarini: Piano, Pianet, Moog, Clarino, E-Piano

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fireballet - Night On Bald Mountain (1975)

 
Fireballet é uma banda estado-unidense de progressivo sinfônico, que realizou apenas dois álbuns. "Night On Bald Mountain" (75) e "Two, Too" (76). O primeiro, "Night On Bald Mountain" é uma boa adaptação da peça orquestral de Modest Mussorgsky (1839-1881) "Uma noite no Monte Calvo". Mussorgsky   também compos a magistral suite para piano "Quadros de uma Exposição", utilizada em 1971 pelo E.L.P. no álbum "Pictures at an Exhibition".

Originalmente o LP "Night On Bald Mountain" possuía apenas as cinco primeiras músicas, totalizando 43':36'', do mais brilhante progressivo americano. Para não estender o assunto, trata-se de um excelente progressivo com influência de Genesis, Starcastle, Yes, Gentle Giant, Styx e uma ou outra coisa de ELP. Trata-se de um excelente álbum! Uma verdadeira obra-prima do progressivo e essencial para os apreciadores de um bom progressivo.

"Night On Bald Mountain" foi um daqueles raros álbuns, que foi executado em sua íntegra na saudosa Eldo Pop. Essa jóia foi produzida por Ian McDonald (King Crinsom) que também participa da gravação do primeiro LP, no sax e na flauta. No encarte do LP, existe um agradecimento especial ao genial Larry Fast (Synergy), mas não informa se Fast ficou restrito a um eventual apoio material, ou se chegou a participar tecnicamente na programação dos teclados, atividade que durante muitos anos exerceu, mesmo após se tornar famoso com seus magníficos LPs.

Infelizmente possuo uma vergonhosa versão em CD, lançada pela italiana Setticlavio Records, que assemelha-se mais a um "bootleg". Essa "monstruosidade" inclui outras sete músicas. Essas, nada mais são que o álbum "Two, Too" na sua íntegra e para ser sincero, elas não acrescentam absolutamente nada de maior relevância ao trabalho original. Excetuando-se a "Great Expectation", que vale pela competente e criativa fusão dos arranjos vocais e rítmicos ao estilo Gentle Giant com as guitarras ao estilo Genesis, "Chinatown Boulevards" e "Carrolon", que ainda são relativamente interessantes, o resto não convence e nem deveriam fazer parte dessa versão do "Night On Bald Mountain", pois não guardam qualquer relação com aquele magistral álbum.

Night On Bald Mountain (1975)

Músicas:
01. Les Cathèdrales
02. Centurion
03. The Fireballet
04. Atmospheres
05. Night On Bald Mountain
      a) Night On Bald Mountain
      b) Night-Tale
      c) The Engulfed Cathedrale
      d) Night-Tale (reprise)
      e) Night On Bald Mountain (finale)

06. Great Expectation*
07. Chinatown Boulevards*
08. It's About Time*
09. Desire*
10. Flash*
11. Carrolon*
12. Montagne En Fili Gree*
* Bônus (do álbum "Two,Too")

Músicos:
Jim Cuomo: Bateria, Percussão, Lead and Backing Vocals
Brian Hough: Hammond, Pipe Organ, Celeste, Backing Vocals
Ryche Chlanda:  Electric and Acoustic Guitars, Electronic Devices, Vocals
Frank Petto: Piano, E-Piano, ARP 2600, Mellotron, Electronic Strings, Oberheim DS-2, Vocals
Martyn Biglin: Baixo, 12-String Guitar, Bass Pedals
Ian McDonald: Sax(*) Alto, Flauta(**) ["Night On Bald Mountain"(*)(**), "Les Cathèdrales"(*) e "Atmospheres"(**)]

sábado, 7 de novembro de 2009

Coda - Sounds of Passion (1986)

Coda é uma banda holandesa liderada pelo tecladista Erik de Vroomen que escreveu e compôs todo o material desse fantástico álbum. Vroomen não tem nenhum histórico anterior no progressivo, embora no início dos anos 80 tenha realizado gravações "Demo" com músicos como: Rick van der Linden (Ekseption e Trace), Johan Sloge (Kaiak) e o baterista Rene Creemers, infelizmente esse material nunca chegou a ser editado.

Vroomen, disposto a realizar um trabalho solo, juntou-se em 1983,  a outros músicos e realiza a primeira gravação Demo do "Sounds of Passion", que somente viria a ser efetivamente lançado comercialmente em 1986, com os músicos, Jacky van Tongeren, Mark Eshuis, Jack Witjes e Erick de Vroomen. Interessante informar é que foram realizados apenas sete ensaios para a efetiva gravação do LP.

Trata-se de um trabalho progressivo sinfônico, pelo menos no que se refere à música título do álbum. As outras duas músicas, totalizando quase onze minutos, são canções apenas agradáveis, relativamente insípidas e sem vida quando comparadas a "Sounds Of Passion".

"Sounds Of Passion" (composta em 1981) está dividida em cinco movimentos e são quase trinta minutos de música, repletos de efeitos sonoros como ranger de portas, trovoadas, cantos de pássaros, narração e diversos outros efeitos que enriquecem a composição, conferindo-lhe uma eficiente tridimensionalidade sonora, capaz de aguçar a atenção do ouvinte para o desfecho da narrativa.

O quarto movimento é onde reside o clímax da composição. Após uma introdução de canto gregoriano e de alguns efeitos sonoros sombrios, irrompe no ambiente, uma seção de acordes fenomenais de órgão de igreja (gravada na igreja da cidade natal de Vroomen, em Wijchen) que invadem não apenas o corpo, mas também o espírito do ouvinte. Os "abissais" acordes do órgão, ressoam no ambiente, como que conclamando pela indulgência divina e inesperadamente o ouvinte é generosamente resgatado pelo arrebatador e celestial tema da guitarra de Jack Witjes. Daí pra frente é só viajem...e tome muita guitarra, muitos teclados e o adocicado e redondo timbre do fretlless... É um encerramento épico! No melhor estilo das grandes composições de progressivo.

Durante minhas pesquisas, ao que parece, existe uma edição de luxo, comemorativa do 21º aniversário de lançamento "Sounds of Passion", lançada em 2007, composta de 2 CDs. O 1º CD com o próprio "Sounds Of Passion", além de cinco outras músicas, algumas inéditas.  O 2º CD além das gravações Demo relativas ao primeiro álbum, encontram-se inclusas as gravações Demo "What A Symphony - Part 1" e "Part 2", dentre outras que mais tarde integrariam o segundo álbum do Coda - "What A Symphony" lançado em 1996. No entanto, como não conheço ninguém que o possua, não posso endossar essa informação.

Sounds Of Passion (1986)

Músicas:
01. Sounds Of Passion
  a. Prologue
  b. 1st Movement
  c. 2nd Movement
  d. 3rd Movement
  e. 4th Movement - "Finale" 
02. Crazy Fool And Dreamer
03. Defended

Músicos:
Jacky van Tongeren: Baixo Fretless e vocal
Mark Eshuis: Bateria, Timpano e Xilofone
Jack Witjes: Guitarra, Violão, Vocal principal
Erick de Vroomen: Piano, Sintetizadores, Hammond, Novatron, Órgão, Moog Taurus Bass Pedals, efeitos especiais e percussão

Músicos convidados:
Pip van Steen: Flauta, Piccolo
Auke de Haan: Sax Alto

[Obrigado = Thanks]

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Änglagard - Buried Alive (1996)



Quem ainda não conhece essa banda de origem Sueca, certamente vai ficar impressionado com a sua qualidade musical. Arranjos primorosos, complexos, originais, bom gosto na elaboração da arquitetura temática, o inegável virtuosismo de seus integrantes, além é claro, de extremamente disciplinados. Esses elementos, são como a "Pedra Filosofal" dos alquimistas. Aqueles "escolhidos" que sabem manuseá-la, adquirem a capacidade  transmutar a matéria, o tempo e o espaço...

Não existe uma única banda no universo do Progressivo que se possa comparar com o estilo musical do Änglagard, que de fato é uma banda de personalidade única e forte. Freqüentemente, utilizo-me da analogia, na tentativa de melhor ilustrar a sonoridade das bandas aqui postadas,  mas isso se torna inviável em se tratando de Änglagard. Em que pese as dificuldades apontadas, vou arriscar-me, sob pena de severas críticas (fato que não ocorrerá, pois ninguém comenta nada!), que em determinados momentos, consigo distinguir uma sonoridade estrutural que se assemelha vagamente ao Gentle Giant, Gryphon, ELP, Goblin, King Krimson, dentre outros, mas o Änglagard, possui natureza própria, não se apropriando de nenhuma das linhas mencionadas.


Änglagard é suave e até mesmo erudito e no segundo seguinte, já sob o domínio de uma melodia sombria e tenebrosa, explode num progressivo, denso, violento e agressivo (quase destrutivo), para segundos depois, envolver o ouvinte numa suave e agradável melodia, repleta de minuciosos detalhes sonoros de guitarras, teclados, bateria (esse é o cara!), percussão, baixo (virtuoso), flautas e vocais (em Sueco).

Um outro fator que fascina é que não existem “estrelas” a brilharem mais que outras. Todos os integrantes têm uma participação fundamental no desenrolar dos acontecimentos e essa exemplar contribuição individual (todos participaram dos arranjos), torna o Änglagard digno de um lugar de destaque no universo do Progressivo.

Infelizmente, Änglagard possui apenas três álbuns: "Hybris" (92), "Epilog" (94) e "Buried Alive" (96). Todos esses trabalhos são excepcionais, no entanto, para efeito de amostragem, decidi postar o "Buried Alive" (96), que na verdade foi registrado em 1994 durante o Progfest. Esse álbum tem a vantagem de trazer na íntegra o "Hybris" (92) sem apresentar grandes variações em relação ao álbum de estúdio e ainda nos contempla com três músicas do "Epilog" (94).

 
Antes que algum "experto" me critique (pois se é pra reclamar de link expirado ou criticar, aí  tem cara  que sabe comentar!), vou explicar um detalhe, que certamente não passou desapercebido pelos que conhecem a discografia do Änglagard. A versão em CD do "Hybris" após o ano de 2000, incluiu a música "Gånglåt från Knapptibble” , como minha versão em CD é do ano de 1992, não possuo a mencionada música em CD que só foi gravada originalmente em 1994, motivo pelo qual considero-o integralmente contido no "Burried Alive". Mas como sou um cara magnânimo e generoso...(rsrsrsr) estou adicionando a música "Gånglåt från Knapptibble", como um singelo bônus do  Mercenário Maldito.

Enfim, Änglagard é uma experiência única e fascinante e embrenhar-se nessa “floresta sonora”, repleta de agradáveis surpresas é altamente viajante e recomendável.

Músicas:
1.  Prolog — 2:20
2.  Jordrök — 11:45
3.  Höstsejd — 14:03
4.  Ifran Klarhet Till Klarhet — 14:03
5.  Vandringar i Vilsenhet — 13:08
6.  Sista somrar — 9:04
7.  Kung Bore — 12:34
     Tempo Total: 72:16
8. Ganglat fran Knapptibble *
* Bonus

Músicos:
Tomas Jonson: Teclados, Mellotron, Hammond, Piano
Jonas Engdegard: Guitarras elétrica e acústica
Tord Kindman: Vocal, Guitarras elétrica e acústica, Mellotron
Johan Högberg: Baixo e Basspedals
Anna Holmgreen: Flauta e Mellotron
Mattias Olsson: Bateria e percussão

[Obrigado = Thanks]

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

East - Hüség (1982)

Contrariando minha proposta inicial de somente divulgar progressivo dos anos 70, não resisti a tentação de postar algo do "East", no caso, o álbum Hüség de 1982. O East, sempre foi uma de minhas bandas de progressivo preferidas e durante um bom tempo, pelo menos uma vez na semana, deliciava-me com a beleza e a riqueza de sua estrutura melódica e harmônica e com suas sensacionais performances.

East é composto por cinco excepcionais músicos húngaros e que cantam na sua língua pátria, o que acaba se tornando muito agradável (embora não entenda absolutamente nada, a língua é muito musical).  O som  que  os rapazes fazem é muito descritivo e cristalino, facilitando longas e prazerosas viagens em seus acordes que variam de temas grandiosos e épicos à canções mais emotivas e suaves, capazes de remeter o ouvinte à paisagens cinematográficas.

A discografia do East numericamente é bem razoável, mas não se mostra fiel ao progressivo. Ela é composta por oito álbuns: "Játékok" (1981), "Hüség" (1982), "Rések a Falon" (1983), "Az Áldozat (Szodoma)" (1984), "A Szerelem Sivataga" (1988), "Taking the wheel" (1992), "Radio Babel" (1994), "Live - Két Arc" (1995). Infelizmente só conheço os dois primeiros, no entanto, ao longo de minhas pesquisas, constatei que é  unânime entre os apreciadores de progressivo que os demais trabalhos não chegam nem perto dos dois primeiros álbuns.

A faixa de abertura, "Hüség" é um fusion de primeira. Os teclados de Géza, me fazem lembrar um pouco a sonoridade do Jean Luc Ponty, no entanto, não apenas nessa faixa, como ao longo das demais composições, noto com maior nitidez, uma influência do grande tecladista Jan Hammer (Mahavishnu Orchestra), seus solos e suas "conversações" com as guitarras de János são magistrais, bem ao estilo da Mahavishnu e dos demais álbuns onde participe Hammer. Mas não se enganem, o restante do álbum é altamente progressivo sinfônico, com algumas eventuais e ligeiras passagens pelo fusion aqui e ali.

Existe uma nítida conexão entre as músicas, algumas são dramáticas, de atmosfera densa e obscura, outras são introspectivas, misteriosas mas repletas de esperança e poesia. Mas deixando as divagações  "haxixelianas" ( حشيش em árabe hashish) de lado, o que realmente importa é a inegável qualidade dos arranjos e o virtuosismo de seus integrantes. Todas as músicas possuem impecáveis e belíssimos temas, repletos de solos de guitarra, órgão, mellotron, piano, além é claro, do exemplar bom gosto dos arranjos vocais, sem deixar de mencionar a brilhante e criativa condução do baterista István Király.

Para aqueles que gostam de saborear as coisas boas da vida, East é um excelente acompanhamento, mas pode ser consumido sozinho como prato principal.

Hüség (1982)

Músicas:
01. Hüség = Faith
02. Keresd Önmagad = Search Yourself
03. Mégikus Erö = Magical Power
04. Én Voltam... = It was Me
05. A Végtelen Tér Öröme = The Happiness of Endless Space
06. Ujjászületés = Born Again   
07. Ablakok = Windows
08. Vesztesek = Losers
09. Felhökön Sétálva = Walking on the Clouds
10. Várni Kell = You must Wait
11. Merengés = Meditation

Músicos:
Géza Pálvölgy: Teclados
János Varga: Guitarra
Miklós Zareczky: Vocal
István Király: Bateria
Péter Móczán: Baixo

[Obrigado = Thanks]

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Hawkwind - Hall Of The Mountain Grill (1974)

Essa famosa banda britânica, formada em 1969, é a percussora do gênero denominado "Space Rock". Com uma discografia longa e complexa, assim como sua própria formação. Excetuando-se pelo lendário Dave Brock, inúmeros músicos de renome passaram pelo Hawkwind ao longo dos anos de 1969 até 2008. Uma boa referência sobre seus inúmeros integrantes poderá ser obtida em:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Hawkwind_band_members

"Hall Of The Mountain Grill", (Mountain Grill era o nome de uma lanchonete que eles freqüentavam) é o  quinto trabalho da banda, considerando-se apenas os álbuns de estúdio e o primeiro álbum ao Vivo o "Space Ritual". Particularmente, embora não conheça todas as obras dessa genial banda, recomendo como fundamentais, além do "Hall Of The Mountain Grill", "Warrior on the Edge of Time"(75), "Doremi Fasol Latido"(72), "Hawkwind"(70) e "Space Ritual"(73).

Não vou fazer qualquer comentário acerca do virtuosismo dos músicos, ou qualquer outro comentário. Primeiro porque Hawkwind é muito conhecido por qualquer um que goste de progressivo e em segundo, não existem palavras capazes de descrevê-lo. Hawkwind tem é que ser ouvido e pronto.

No entanto, sempre desejei conhecer a origem e o significado do nome "Hawkwind", afinal é um nome forte, de fácil memorização e até mesmo um pouco esnobe. Imaginava na minha ignorância que devia ter alguma relação com falcões, com a arte da falcoaria, com alguma técnica destinada ao treino dessas magníficas criaturas, ou qualquer outra coisa do tipo. Somente agora, enquanto escrevia estas mal traçadas linhas, é que me deparei com a explicação e para ser sincero, preferia não ter descoberto. O nome da banda foi "emprestado", a título de brincadeira, do apelido dado a Nik Tuner. Inicialmente, referiam-se à banda como "Hawkwind Zoo", mais tarde foi abreviado para "Hawkwind". Enfim, Nik Tuner foi apelidado de Hawkwind, porque possuía o desagradável hábito de "limpar" ruidosamente a garganta e em seguida cuspir (kawking) ou seja, a nossa velha e conhecida escarrada e como se isso não bastasse, não se acanhava de sua excessiva flatulência (wind). Daí o pomposo e nobre nome da banda. No Brasil seria algo como Escarrpeida, Escarrflatus, Cospipeida e por aí vai... quanta decepção! Esse é mais um clássico exemplo, de que a ignorância é uma benção!

Depois dessa, só resta "baixar" o material e ouvi-lo bem alto, para esquecer essa história.

Hall Of The Mountain Grill (1974)

Músicas:
01. The Psychedelic Warlords (Disappear in Smoke)
02. Wind of Change
03. D-Rider
04. Web Weaver
05. You'd Better Believe It
06. Hall of the Mountain Grill
07. Lost Johnny
08. Goat Willow
09. Paradox
10. You'd Better Believe It (Single Version Edit)*
11. The Psychedelic Warlords (Disappear in Smoke) (Single Version)*
12. Paradox (Remix Single Edit)*
13. It's So Easy*
* Bonus Tracks

Músicos:
- Dave Brock: vocal, violão, guitarra, sintetizadores, orgão
- Del Dettmar: teclados, kalimba (marímbola)
- Simon House: sintetizadores, Mellotron, violino e vocal
- Lemmy Kilminster: baixo, vocal, guitarra principal e rítmica (7)
- Simon King: bateria, percussão
- Nik Turner: sax, oboe, flauta, vocal

[Obrigado = Thanks]

Atoll - L'Araigée-Mal (1975)

Atoll, para quem não conhece foi uma banda francesa de progressivo sinfônico. Posuindo em sua discografia: "Musiciens Magiciens" (74), "L'Araignée-Mal' (75), "Tertio" (77), "Rock Puzzle" (79), "L'Ocean" (89), "Tokyo, C'est Fini-Live" (90). Infelizmente não conheço todos eles, possuo apenas os três primeiros, mas dentre esses, não tenho dúvida que o "L'Araignee-Mal" é o que melhor reflete o virtuosismo desses geniais músicos.

L'Araignée-Mal  é um álbum exemplar, completo do início ao fim. Trata-se de um trabalho que parece fruto de uma habilidoso alquimista, que transmuta com exemplar disciplina e competência o Progressivo em Fusion. Repleto de belíssimos duelos de violino, guitarra e teclados ao estilo da "Mahavishnu Orchestra'. O vocal de Balzer ao estilo "Ange", o magistral  violino de Aubert, a guitarra de Beya ao estilo "Allan Holdsworth", os teclados de Taillet com evidente influencia do mestre Wakeman, o competente e forte baixo de Thillot e a vigorosa e talentosa bateria de Gozzo, elevam esse trabalho ao patamar de uma verdadeira obra-prima.

Atoll como toda música de qualidade é repleto de movimentos, nuances, e sabores. Todos especiais e geniais, merecendo ser degustado com absoluta atenção. Para quem gosta de Fusion e Progressivo é um “prato" altamente recomendado!

Para quem não conhece o Atoll, esta aí uma boa oportunidade de saciar o apetite, com uma música de altíssima qualidade. Boa degustação!

L'Araignée-Mal (1975)

Músicas:
01. Le Photographe Exorciste
02. Cazote nº1
03. Le Voleur D'Extase
04.  L'Araigée-Mal
   a. Imaginez Le Temps
   b. L'Araigée-Mal
   c. Les Robots Debiles
   d. Le Cimetier De Plastique
05. Cazote nº1 (Live during the "Festival des Solstices - 1975)

Músicos:
André Balzer: Vocal e percussão
Christian Beya: Guitarra
Jean-Luc Thillot: Baixo
Michel Taillet: Teclados
Alain Gozzo: Bateria
Richard Aubert: Violino

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Dust - Dust (1971)

A história do Dust, banda de Hard Rock estado-unidense, formada em 1969 pelo trio de adolescentes; Richie Wise no vocal e na guitarra, Marc Bell na bateria e Kenny Aaronson no baixo é muito curiosa e de certa forma, foi a raríssima concretização do sonho que habita a cabeça de qualquer adolescente que pretende seguir a carreira musical. No entanto, por estranhas e obscuras contingências, que fogem a esfera da lógica, não perdurou muito, apenas o tempo de lançar dois álbuns, extinguindo-se prematuramente em 1972 após o lançamento de seu segundo trabalho "Hard Attack".

Não vou me alongar nessa história, pois já existe uma matéria exemplar sobre a banda, de autoria de Marcos A. M. Cruz, que poderá ser lida em sua íntegra, por aqueles que desejam conhecer com maior profundidade sobre a história do Dust. Se voce desejar ler a matéria, visite:

http://whiplash.net/materias/hard70/000226-dust.html

O texto abaixo é a reprodução parcial dessa irretocável matéria.
Recomendo sua leitura na íntegra. É imperdível.

"Nova Iorque, 1969. Um baterista, chamado Marc Bell, de apenas treze anos de idade começa a se destacar, pelo seu estilo veloz e pesado de tocar, inspirado principalmente por Keith Moon e Mitch Mitchell. Não tardou para despertar a atenção de Richie, que lhe propõe montar uma banda para tocar covers do THE WHO e do JIMI HENDRIX, duas de suas três grandes paixões (a outra era THE BEATLES).
Durante um bom tempo prosseguem tocando nos bares e colégios da região, tendo passado diversos instrumentistas pelo baixo, até que em meados daquele ano, estava na platéia o velho amigo de Richie, o baixista Kenny Aaronson, que horas mais tarde receberia um convite para se integrar ao grupo, já batizado de DUST.
Nisto, já em 1971, entra na história Neil Bogart, executivo da Kama Sutra (subsidiária da Buddah Records), que chegou até a banda através de Domenic Facilia, que estava empresariando os garotos. Acontece que Bogart estava interessado em expandir seus horizontes financeiros, investindo em grupos que tivessem uma sonoridade mais "pesada", pois o grande filão que movimentava a Kama Sutra, que eram as bandas bubblegum (OHIO EXPRESS, 1910 FRUITGUM COMPANY e outros), não estava mais rendendo tanto quanto antes (por causa desta fama da gravadora é que algumas pessoas pensam erroneamente que o DUST faz parte do gênero).
Embora não fosse exatamente um sucesso de vendas, o álbum lhes garante uma certa credibilidade, que lhes renderia a única turnê que fariam fora da cidade de Nova Iorque, abrindo alguns shows para Alice Cooper.
E no início de 1972, os garotos entram novamente no mesmo estúdio para registrar seu 2º e derradeiro trabalho, "Hard Attack", lançado pouco tempo depois, trazendo na capa uma belíssima ilustração de Frank Frazetta, famoso cartunista novaiorquino, que galgou sucesso tardio aqui no Brasil com uma das encarnações da saga "Conan, O Bárbaro".
Porém, apesar de todo este esmero na parte gráfica e na produção (impecável, diga-se de passagem), mais uma vez o disco não alcança boas vendas, e as poucas chances de excursionar fora da cidade eram "sabotadas" por Marc, que na época contava com apenas 16 anos de idade e não podia largar a escola (era estudante secundário). E Richie Wise, ao que parece, estava um tanto quanto desencantado com a função de músico, passando a se interessar mais em atuar nos bastidores.
Provavelmente estes foram os motivos levaram a banda a encerrar atividades em meados daquele mesmo ano".  
Marcos A. M. Cruz

Dust (1971)

Músicas:
01. Stone Woman
02. Chasin Ladies
03. Goin' Easy
04. Love Me Hard
05. From a Dry Camel
06.Often Shadows Felt
07. Loose Goose

Músicos:
Richie Wise: vocal e guitarra
Marc Bell: bateria
Kenny Aaronson: baixo

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Grobschnitt - Grobschnitt (1972)

Grobschnitt foi uma banda alemã de Rock Progressivo formada em 1970, por alguns dos integrantes de uma banda chamada "Crew" (1968-1970). Considerando-se apenas o período compreendido entre 1972 até 1979, desenvolveram um trabalho repleto de influências de gêneros diversos, agregando desde o Rock Psicodélico, Progressivo Sinfônico, Space Rock, Krautrock e Experimental.

Na minha opinião, a melhor fase do Grobschnitt abrange apenas os cinco primeiros álbuns: "Grobschnitt "(72), "Ballermann" (74), "Jumbo" (75), "Rockpommel's Land" (77), "Solar Music Live" (78). O álbum "Merry-Go-Round" (79) que, em tese, faz parte dessa primeira fase, musicalmente não considero que mereça uma maior atenção. Os álbuns, "Volle Molle" (80), "Illegal"(81), "Razzia " (82), dentre outros, fazem parte de uma segunda fase e não guardam similaridade com a genialidade da primeira fase. Por esse motivo,  investi minhas suadas  e parcas "merecas reais" somente nos cinco primeiros álbuns.

Dificilmente haverá um concenso, entre os apreciadores do progressivo, sobre o álbum mais representativo do Grobschnitt. Particularmente gosto muito do primeiro, talvez por influência da Eldo Pop, mas na minha concepção, o primeiro e o "Ballermann" são álbuns imbatíveis. Como o objetivo desse blog é proporcionar apenas breves amostragens, optei por postar o primeiro álbum, pensando naqueles desafortunados que não conhecem o Grobschnitt. Mais tarde, talvez  venha a postar o "Ballermann", embora não seja difícil consegui-lo em outros blogs.

A primeira música "Symphony" é um verdadeiro clássico do progressivo. Da abertura, composta por um arranjo vocal absolutamente original, ao seu término são mais de treze minutos de muita competência, genialidade, sensibilidade e virtuosismo. Só ela já vale o álbum todo. "Wonderful Music" bem que poderia ser uma canção do Jethro Tull. "Sun Trip" é outro exemplo de como se mescla com maestria, progressivo, psicodelismo e até blues em uma única composição. "Die Sinfonie" é uma versão ao vivo da "Symphony", onde a bateria e o baixo tem um posição de maior destaque em relação a versão de estúdio e os improvisos são constantes.

Grobschnitt (1972)

Músicas:
01. Symphony (13:47)
  a. Introduction
  b. modulation
  c. variation
  d. finale
02. Travelling (6:48)
03. Wonderful Music (3:38)
04. Sun Trip (17:45)
  a. Am Ölberg (Mount of Olives)
  b. on the way
  c. battlefield
  d. new era
05. Die Sinfonie* (29:40)
* Bonus Track - Live at Volkspark, Hagen, Germany, September 1971.

Músicos:
* Joachim Ehrig (Eroc): Efeitos Eletrônicos, Bateria e Percussão
   Axel Harlos (Fekix): Bateria e Percussão
* Gerd Otto Kühn (Lupo): Guitarra
* Stefan Danielak (Wildschwein): Guitarra rítmica e Vocal principal
   Bernhard Uhlemann (Baer): Baixo, Flauta e Percussão
   Hermann Quetting (Quecksilber):    Orgão, Piano, Espineta e Percussão
* ex-integrantes do "Crew"

[Obrigado = Thanks]